segunda-feira, julho 30, 2007

E a noite cai sobre os corpos

São correntes de luz doirada que me saltam do peito em trepidações ténues. Jorros de espírito e sombra estendem-se pela página branca em serpenteares lisos e ritmados, formando palavras que ninguém vê – Langores de deuses renascidos em brumas.
Escondem-se por detrás dos textos, das linhas uniformizadas e monótonas, assombrando quem lê e quem escreve em pesadelos mansos e deliciosos – Força e solidão espectral.

Porque todas as cores do arco-íris são a Luz branca que cria o Fogo.

Pequenas ondas convulsivas estendem-se pelo ar em volta, electrões chocando em estrelas chocando em asas, numa hipnose limiar.... Saltam entre dimensões e realidades, acariciando todos os sentidos da psique humana, desafiando-a em jogos estranhamente eróticos e espirituais.
Porque tudo isto é um mergulho na mente de um homem. Tudo isto é um êxtase confessional.

quarta-feira, julho 18, 2007

O sonho que ainda arde

A vosotros de Madrid!


Como se descreve o paraíso? Como se descrevem gargalhadas explosivas que agitam o ar?
Como se descreve um sonho que ainda arde? As palavras trocadas à beira do abismo, os risos e a liberdade espelhados no vento?
Como se descreve uma semana passada nos Campos Elísios?
Com gotas de suor que escorrem pela pele efusiva. Pelo calor que irradia do desejo de viver. Pelo fogo que queima a alma em danças hipnotizantes. Pelo amor destilado pelos poros abertos dos sentidos.

Uma semana de risos e sangue que galga as veias. Pulsares de estrelas em corpos esvoaçantes e enevoados.

Transcendências de um sonho contínuo que ainda arde. Sempre arde, como o manto que a Terra desvela sobre nós.

Amo-vos a todos pá!