E a noite cai sobre os corpos
São correntes de luz doirada que me saltam do peito em trepidações ténues. Jorros de espírito e sombra estendem-se pela página branca em serpenteares lisos e ritmados, formando palavras que ninguém vê – Langores de deuses renascidos em brumas.
Escondem-se por detrás dos textos, das linhas uniformizadas e monótonas, assombrando quem lê e quem escreve em pesadelos mansos e deliciosos – Força e solidão espectral.
Porque todas as cores do arco-íris são a Luz branca que cria o Fogo.
Pequenas ondas convulsivas estendem-se pelo ar em volta, electrões chocando em estrelas chocando em asas, numa hipnose limiar.... Saltam entre dimensões e realidades, acariciando todos os sentidos da psique humana, desafiando-a em jogos estranhamente eróticos e espirituais.
Porque tudo isto é um mergulho na mente de um homem. Tudo isto é um êxtase confessional.