segunda-feira, agosto 13, 2007

Orvalho Auroreal

E o pó esvoaça sobre o solo, desenhando esboços suaves de sonhos perdidos. Pequenos falhanços enclausurados em falas esquecidas que se ligam ao vento.
E o fumo abismal que se espalha pelo sons repercutidos em esboços secos, levados na emoção de asas claudicantes que se derramam (como a água que foge do cerco estelar que vela e queima) pela terra sequiosa.
E a lua, lívida do cansaço tresmalhado de vaguear por entre os astros de outros reinos, chora, em cristal, as linhas que se desenham nos estuários de terra.
Porque as palavras perdidas, foi ela que as lançou à luz e às ondas, infatigáveis viajantes nas auroras boreais.


Espectadores melancólicos e intermitentes:

Amiúde, esquecemo-nos de como se caminha.

Amiúde, esquecemo-nos de divagar.