Reminiscências antigas (Steppenwolf)
Despojado de tudo, prostro-me diante da escuridão, desnudo e livre.
As barreiras criadas natural e evolutivamente, outrora intrínsecas ao meu ser, desabam , qual muro de pedra e palha e dor, gasto pela corrente contínua de uma auto-flagelação misericordiosa.
Diante de todos, deixo cair a cortina de veludo que me encobre, mostrando involuntariamente o meu verdadeiro Eu.
Chamas de emoções , incêndios de sentidos e cães raivosos com espuma a escorrer dos queixos e olhos vermelhos de fúria , saltam do meu corpo , loucos de liberdade, enquanto tento reerguer uma barreira que os contenha e os aconchegue no fundo da minha Alma.
Esforço exaustivo que se revela inútil.
Posto isto, fujo.
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